Consultório

Ela me chegou como não quer nada pedindo a ele seus conselhos se encostou no seu ombro e chorou, chorou,
por longas horas.

E ele sem saber do por que, muito menos o que dizer, se calou com seu pranto.

E quando menos esperava no meio de soluços, Ela esbravejou:


- Eu quero um amor platônico.

Sem querer entender, ele deixou ela continuar.


- É melhor, você coloca a pessoa lá em cima, almeja ela, admira, não conhece seus defeitos, não convive com ela, não sabe realmente o cheiro dela. Quer dizer, é menos pior. Até na hora que você tem que esquecer é mais fácil, você tem que apenas desapegar de seus sonhos, APENAS desapegar de momentos que você mesmo criou, que não aconteceram de fato. Você acaba não conhecendo sentimentos seus, que poderiam lhe assustar. Você não deixa de fazer nada por outrem, de certa forma. É você e seu amor. Mesmo que separados. Eu quero um amor platônico.


E ele não tinha mais o que falar, se encolheu, como tivesse consentindo.

Um comentário:

Marina disse...

é... faz sentido...

eu já tive os meus. Aos 12 e 16 anos. Acho que já tá bom!

http://marinanoar.blogspot.com/2007/09/amores-platnicos.html