Se eu pudesse arrancava você como quem despeja um inquilino que não paga
Quem foi que te disse que minha cabeça tinha vaga?
Para vir assim como um sem teto se instalar
Seu Brilho eterno de uma mente sem lembrança
Bem que podia de vez se apagar
Queria saber que tanto você faz na minha cabeça
Desocupe esse lugar que ja não é mais seu
Devolva a chave do meu pensamento
Se eu pudesse eu invertia esse Feitiço de Aquila
Para anoitecer e não ter visto você nem por um segundo
Se eu pudesse eu rasgava você de mim
Queimava essa roupa que você me vestiu
E não consigo trocar
Se eu pudesse eu cortava esse cordão umbilical
Que ainda me alimenta
De um útero que não é mais maternal
9 comentários:
lindo.
Nooossa...sensacional o texto...Paranbes!
malditos esses que chegam se pedir licença, e não saem quando já não cabem mais. ou aqueles que saem sem avisar, quando a gente ainda os quer morando aqui dentro...
o de cá, tá a casa da mãe Joana, vai chegando e vai ficando...
um amor de caso combinado, contrato assinado, tempo determinado. uma pitada de razão, um pouco de pé no chão e um bom prazo de validade prorrogável, talvez falte um pouco do sal mas também não desperdiça açúcar.
O problema do encosto é que ele exageradamente se encosta, se enrosca e se alimenta da nossa falta: de bom senso, de amor próprio e o pior, de exigir, obrigatoriamente, milhões de recompensas pelos danos morais e psicológicos obtidos.
Um verdadeiro show poético!
Abraço
UAU
Adorei o Poema!
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